Alguma vez pensou como é que os bebés aprendiam a controlar as necessidades fisiológicas antes de haver fraldas? Ou como é que aprendem hoje em dia nas regiões onde não há fraldas? Existe um método adaptado por um número crescente de mães, que é semelhante ao usado desde há séculos pelas mães de todo o mundo, o Elimination Communication, em inglês, ou Higiene Natural do Bebê sem (ou com) fraldas.
Com este método, é possível trabalhar quer com *bebés de colo* quer com bebés que já andam, com vista a que não necessitem de fraldas. A altura ideal para começar é entre o nascimento e o início da locomoção (por volta dos 6 meses de idade). Mas também se pode começar com um bebé mais crescido, adaptando algumas das tácticas à criança que já anda.
Não há nenhuma expressão que descreva adequadamente este sistema, incluindo Infant Potty Training (literalmente, treinar o bebé de colo para usar o penico) porque, por um lado, o bebé não consegue sentar-se num penico e, por outro lado, o processo tem mais afinidades com o trabalho de equipa (com o bebé) e com a inter-relação do que com o conceito de treino. Ou seja, é um método baseado na comunicação e na interacção, tendo pouco a ver com o que normalmente chamamos "treino". A comunicação é a chave para estar em contacto com o bebé relativamente às suas necessidades fisiológicas.
A característica mais específica deste método talvez seja o facto de os pais começarem geralmente a trabalhar com o bebé antes de ele conseguir sequer manter-se sentado. Em vez de começarem a informar-se sobre a maneira de ensinar a criança a deixar de usar fraldas quando ela já anda, os pais devem considerar a possibilidade de usar este método durante a gravidez ou as primeiras semanas/meses após o nascimento.
Escolhi denominar este método "infant pottying" e "infant potty training". Há outras designações tais como "elimination communication" ou “EC” [comunicação da eliminação, referindo-se à eliminação por parte do bebé da urina e das fezes] e "trickle treat" [trocadilho intraduzível entre a expressão trick or treat do Halloween e a palavra trickle, fio de líquido], título do meu primeiro livro sobre o assunto, actualmente esgotado. Aqui nesta página encontra-se toda a informação básica e, se quiser saber mais, há dois livros e um DVD da minha autoria sobre o tema:
Infant Potty Training – A Gentle and Primeval Method Adapted to Modern Living» (380 páginas), o mais completo livro actualmente disponível sobre o tema.
Infant Potty Basics – With or Without Diapers… The Natural Way» (110 páginas), uma edição condensada para famílias frugais ou residentes fora dos E.U.A.
Potty Whispering: The Gentle Art of Infant Potty Training» (conjunto de DVD duplo e manual).
http://www.white- boucke.com/ ifpt.html
Filosofia
Os bebés são mais inteligentes do que nós pensamos! O grande erro que as pessoas cometem é presumir que um recém-nascido não tem consciência de fazer as necessidades. Partimos do princípio de que um bebé é incapaz de aprender a controlar as necessidades por ser pequeno, não ter coordenação e não andar nem falar. O bebé é tão dependente que se torna difícil para os ocidentais imaginar que um ser tão minúsculo possa ter consciência de fazer xixi e cocó. E é ainda mais difícil para nós acreditar que os bebés tenham algum controlo sobre a eliminação. Com esta concepção estreita e preconceituosa, encorajamos e ensinamos os bebés a não se importarem de fazer as necessidades na fralda. Em suma, ensinamo-los a utilizar a fralda como privada.
Um bebé normal e saudável, na verdade, tem consciência das funções corporais de eliminação e pode aprender a reagir-lhes desde muito pequeno. Ao utilizar fraldas, condicionamos – e portanto ensinamos - o bebé a usá-las. Mais tarde a criança tem de o desaprender, o que poderá confundi-la e constituir uma experiência traumática.
O bebé faz tudo o que pode para nos comunicar a consciência que tem do que se passa, mas se não o ouvirmos deixa de comunicar e gradualmente perde o contacto com as funções de eliminação. Será condicionado a não lhes ligar e a aprender que queremos que use a fralda como banheiro.
Além de ser quase desconhecido, o método da higiene sem (ou com) fraldas a algumas pessoas pode parecer pouco prático. Contudo, salvo relativamente raras excepções, a aprendizagem da higiene sem fraldas é por definição pouco prática seja qual for o modo e o momento escolhidos para a realizar. Se esperarmos que o bebé aprenda sozinho aos 2, 3, 4 anos ou mais, ficamos sujeitos a andar anos a trocar fraldas, com as inerentes limpezas e conflitos.
As fraldas, especialmente as descartáveis, são apenas um meio temporário de resolver a questão. Tentamos "tapar" o sistema de eliminação de resíduos do bebé com fraldas, da mesma forma que estancamos temporariamente uma fuga num cano roto. Quantos pais terão ponderado se esta é a solução mais higiénica para a criança? Quantos pais se preocupam com o impacto ambiental das fraldas? Quantos o fariam se soubessem de uma alternativa à utilização de fraldas a tempo inteiro?
Quem poderá utilizar este método?
Os pais, futuros pais, avós, amas e qualquer outra pessoa interessada em trabalhar afectuosa e pacientemente com uma criança, tendo em vista a higiene sem fraldas, de um modo delicado e divertido. O método resulta melhor quando é utilizado por:
- mães ou pais que passem pelo menos o primeiro ano ou os dois primeiros anos a tratar do bebé;
- mães ou pais que trabalham fora de casa e que tenham alguém de confiança a tratar do bebé, como p. ex. um parente, uma ama ou um amigo.
- mães ou pais que o possam praticar em “part-time”, com razoável regularidade, p. ex. na maioria das manhãs ou das tardes.
O que é necessário?
Tempo, dedicação e paciência. Se não puder dispor destas qualidades ou arranjar a assistência necessária, este método não é adequado para si nem para o seu bebé.
Mas se este método lhe parece fazer sentido, se lhe soa bem, experimente! Não faz mal nenhum tentar e, se não resultar, pode voltar às fraldas a tempo inteiro.
Quando é que se começa?
A altura ideal para começar vai desde o nascimento até ao início da locomoção (por volta dos 6 meses de idade). Neste período, decorre uma fase de sensibilidade e predisposição para a aprendizagem e os bebés podem com facilidade concentrar-se na comunicação das necessidades de excreção.
Para os pais que não possam começar logo nos primeiros meses de vida do bebé, encontram-se adiante informações adicionais para um início mais tardio [“late-starters”].
Quanto tempo leva?
No Ocidente, o processo completa-se, em média, por volta dos 2 anos, embora os bebés atinjam um controlo bastante bom das necessidades *muitos* meses antes.
Será seguro?
Claro que sim, desde que os pais estejam com o estado de espírito correcto. Têm de estar descontraídos e positivos ao lidar com o bebé. Têm de ter paciência e suavidade, observar e responder a tempo aos sinais do bebé sempre que possível, e dar carinhosamente o apoio necessário enquanto seguram o bebé na posição adequada.
Este método não é punitivo, NÃO inclui castigos, zangas e dominação. Note-se que é diferente do método severo com que nos anos cinquenta se "tirava as fraldas" cedo aos bebés.
Será que resulta mesmo?
Sim, mas não sem esforço nenhum. O êxito não acontece do pé para a mão. É preciso pelo menos um adulto empenhado e vários meses de perseverança para completar a higiene sem fraldas. Logo desde o princípio, há divertidas e entusiasmantes recompensas diárias tanto para o bebé como para quem trata dele. A comunicação do bebé é reconhecida e encorajada. Os pais ficam espantados com o grau de consciência do bebé e empolgados quando ele faz sinal e responde tão fácil e naturalmente.
O bebé tem que andar nu?
Não é indispensável. Muitos pais mantêm o bebé com fralda ou fralda-cueca no intervalo das utilizações do penico, enquanto outros preferem deixar o bebé de rabinho ao léu ou nu a maior parte do tempo. Em suma, é uma questão de preferência.
Uma descoberta maravilhosa - a minha experiência pessoal com a higiene sem (ou com) fraldas
Os meus dois primeiros filhos deixaram de usar fralda da maneira convencional. Quando o meu terceiro filho nasceu, eu nem queria pensar que ia ter de passar outra vez pelo mesmo processo, que implicaria mais uns quantos anos de fraldas, e comecei a procurar um modo melhor de tratar da tarefa.
Aprendi os princípios de uma técnica alternativa através de uma senhora indiana que estava de visita em nossa casa. Ela ficou horrorizada quando lhe falei da forma como os ocidentais lidam com "a questão das necessidades fisiológicas" e explicou-me como se faz na "terra dela", na cultura dela. Fiquei céptica quando me disse que não é preciso pôr "panos" num bebé a menos que esteja "mal da barriga" ou febril ou se fizer xixi na cama a maior parte das noites. Eu já tinha estado na Índia várias vezes e vi lá famílias a pôr os bebés a fazer xixi e cocó no campo, mas não tinha prestado muita atenção. Como muita gente, parti erradamente do princípio de que os ocidentais não poderiam usar aquela técnica.
Pedi à minha nova amiga que me falasse mais daquilo e que me ensinasse a segurar no meu filho e a pô-lo a "fazer", o que ela aceitou de boa vontade e sem qualquer esforço.
Fascinada, observei-a a comunicar com o meu pequenino de 3 meses, que parecia saber instintivamente o que ela queria que ele fizesse. Só consigo descrever o intercâmbio e o entendimento instantâneo entre ambos – uma estranha e um bebé de colo – como uma descoberta maravilhosa.
Utilizei a técnica que ela me demonstrou, alterando-a e adaptando-a ligeiramente ao estilo de vida ocidental, e descobri que é muito superior ao sistema convencional que recorre à fralda primeiro e depois ensina a usar o penico. Desde o dia em que comecei a trabalhar com o meu filho de 3 meses, ele raramente precisou de fralda, quer de dia quer de noite. Com 18 meses mantinha-se seco a maior parte do dia e com 25 meses tinha completado em todos os aspectos a higiene sem fraldas.
Perspectivas e origens
Este método começa por associação e pode ser abordado tanto de forma racional e científica como intuitiva e espiritual, ou uma combinação de ambas, conforme o que resultar melhor consigo e com o bebé. A abordagem racional implica o cálculo dos momentos oportunos e a observação dos padrões de eliminação e da linguagem corporal do bebé. A abordagem mais espiritual requer intuição e "sintonização" com o bebé, por meios mais subtis.
Lembre-se de que é um trabalho de equipa, algo que fazem juntos através de uma comunicação íntima e baseada na confiança. Não é uma coisa que está a fazer ao bebé, nem é uma coisa que o bebé possa fazer sem si. Se tiver a vontade e a possibilidade de o fazer e se o bebé for saudável, então o bebé não precisa de mais nada para começar a trabalhar consigo.
A higiene sem (ou com) fraldas baseia-se numa técnica de aprendizagem do controlo das necessidades utilizada em grande parte da Ásia e da África Subsaariana. O método foi adaptado ao estilo de vida ocidental em vários aspectos, incluindo o recurso a um banheiro, privada, penico ou outro recipiente; variações nas posições de eliminação; utilização da técnica em part-time; e, caso se queira, uso de fraldas em part-time.
Resumo do método
1. Observação – Deite o bebé sem fralda num sítio confortável, quente e seguro, e observe:
a) o ritmo (durante quanto tempo e com que frequência faz xixi e cocó depois de acordar ou de comer)
b) a linguagem corporal (a forma como se mexe e contorce ou os trejeitos que apresenta enquanto faz as necessidades)
c) sons (resmungos ou gemidos ao defecar)
Isto também se pode fazer usando um sling ou pano para carregar o bebé. Com efeito, andar com o bebé ao colo num baby sling é uma das melhores maneiras de nos familiarizarmos com o ritmo e os padrões de eliminação dele, já que nos apercebemos logo do que acontece. É particularmente vantajoso em climas frios ou casas com pouco aquecimento. Há mães que andam com o bebé nu no sling, contra a pele delas, o que o mantém com a temperatura corporal perfeita. Se quiser, pode colocar uma fralda de pano debaixo do bebé enquanto ele andar no sling. É claro que não é indispensável o bebé estar sem roupa no sling. Mesmo que ande um pouco vestido e/ou com uma fralda de pano sem cobertura impermeável, vai aperceber-se quando ele fizer as necessidades.
2. Antecipação ou intuição
Antecipe o momento em que o seu bebé vai precisar de urinar ou evacuar e faça então um som de água a correr, como um "sssss". Se o bebé começar enquanto está a observá-lo, faça imediatamente o som "sssss". Ao fim de uns dias, o bebé associará esse som com a eliminação.
3. Posição e local
Quando achar que o bebé precisa de fazer xixi ou cocó, segure-o bem mas suavemente sobre o local escolhido para a função e emita um sinal audível ("sssss" ou o som/palavras que preferir). O bebé depressa associará o som, a posição e o local com a eliminação. Utilize o lugar e o recipiente que achar mais confortável e prático. Entre as muitas possibilidades contam-se a pia do banheiro, uma tigela, um penico e ao ar livre. Os bebés mais crescidos podem sentar-se na privada entre as suas pernas.
4. Comunicação entre mãe e bebé
A partir de agora, preste muita atenção ao ritmo e aos sinais do bebé. Quando achar que ele está em vias de fazer as necessidades, segure-o na posição adequada e faça o seu sinal (som dica). Os bebés de colo conseguem descontrair os músculos ao ouvir as nossas deixas, se estiver quase no momento certo.
Como é que sei quando o bebé precisa de fazer
xixi ou cocó?
Pode saber quando o bebé precisa de fazer as necessidades através de pelo menos um dos seguintes aspectos:
- Ritmo (ir olhando para o relógio)
- Sinais e deixas (incluindo a linguagem corporal e as vocalizações)
- Padrões de eliminação (relação com a refeição, o despertar, etc.)
- Intuição e instinto
Como vestir o bebé da maneira mais favorável?
Há dois factores principais a ter em consideração:
- Circunstâncias individuais, tais como o clima, o estilo de vida, a saúde e as
pressões sociais;
- O facto de que quanto menos camadas de roupa tiver o bebé mais fácil é para si e para o bebé estarem em contacto um com o outro, aprenderem e comunicarem sobre as necessidades fisiológicas. É mais fácil ler e responder à linguagem corporal e a outros sinais de um bebé que esteja sem roupa, de rabinho ao léu ou de outra forma facilmente acessível. Andar com o bebé no baby sling também ajuda pois é mais provável que vocês consigam andar sincronizados.
A situação ideal (nem sempre possível ou desejável) é o bebé andar nu ou de rabinho ao léu. Se isso não for possível:
- Tente vesti-lo com o mínimo de roupa possível;
- Use roupa que possa ser rápida e facilmente removida (evite fivelas, botões, etc.)
Há muitas maneiras diferentes de vestir um bebé tendo em conta a facilidade de acesso. Seja criativa e adapte-se à sua situação e às diferentes fases do desenvolvimento do bebé. Muitas mães preferem costurar elas mesmas a roupa do bebé. Para além de usar fraldas como apoio, aqui ficam algumas outras sugestões:
- Roupa e equipamento para todos os tamanhos e idades
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- Para recém-nascidos, pijamas do tipo saco-cama, de apertar no fundo;
- Camisolas compridas ou vestidos (o comprimento adequado dependerá da mobilidade do bebé);
- Calções ou cuecas maleáveis (de turco, de malha de algodão ou lã), com cintura elástica;
- Fraldas de pano
- Roupa de bebé chinesa, aberta no entrepernas,
- Calças chinesas discretas,
Vantagens da higiene sem (ou com) fraldas
Os grandes beneficiários são o bebé, os pais e o ambiente. Aqui fica uma lista mais pormenorizada das vantagens da higiene sem (ou com) fraldas:
- Aumenta o apego através da proximidade, da comunicação natural e da paciência amorosa;
- Responde ao ritmo e à comunicação natural do bebé relativamente às suas necessidades fisiológicas;
- Actua directamente no primeiro período de sensibilidade e predisposição para a aprendizagem;
- Ajuda o ambiente ao conservar/poupar árvores, água, petróleo e espaço nos locais de despejo de resíduos;
- Elimina ou reduz drasticamente o uso de fraldas;
- Permite aos bebés atingirem um controle razoável entre os 12 e os 18 meses;
- Dá aos bebés a possibilidade de completar a higiene sem fraldas relativamente cedo (cerca dos 24 meses);
- Liberta os bebés das fraldas e respectivas associações negativas (sensação de peso e volume entre as pernas, químicos como floc-gel, etc.);
- Evita/elimina a enurese (fazer xixi na cama);
- Previne as assaduras;
- Permite o respeito pela higiene do bebé;
- Elimina "acidentes" embaraçosos para os bebés mais crescidos;
- Permite que o pai ou outras pessoas próximas e de confiança criem laços e comuniquem com o bebé;
- Proporciona uma grande poupança em fraldas e lavagem de roupa;
- Mantém o bebé consciente do seu próprio corpo;
- Reduz o risco de infecções urinárias.
Qual é a opinião dos médicos?
Embora o método da higiene sem (ou com) fraldas não seja muito conhecido no Ocidente, há cada vez mais médicos e pediatras a apoiá-lo. Muitos destes assistiram ao funcionamento do método no decurso de viagens no estrangeiro ou então são (casados com) imigrantes que cresceram em culturas nas quais este método é prática comum. Alguns médicos usaram-no com os seus próprios bebés.
Como tantas outras coisas na vida, as teorias e opiniões sobre a idade indicada para começar a aprendizagem do controle das necessidades têm variado muito ao longo dos tempos. Até aos anos cinquenta, a maioria das famílias ocidentais começava relativamente cedo, entre os 3 e os 10 meses, e terminava também relativamente cedo. Depois surgiram a indústria das fraldas descartáveis, os estilos de vida mais frenéticos e uma nova teoria de que é melhor adiar e deixar que seja o bebé a aprender sozinho quando for capaz. A tendência está outra vez a mudar, com uma nova investigação europeia (de Agosto de 2000) a concluir que as actuais noções ocidentais sobre controle dos esfíncteres são incorrectas e que em muitos casos é melhor começar mais cedo do que deixar para mais tarde. Apesar das diferentes opiniões médicas e teorias psicológicas ocidentais, a higiene sem (ou com) fraldas tem sido o principal método utilizado por milhões de bebés felizes e bem adaptados em muitas sociedades ao longo dos séculos. Ninguém pode negar esse facto.
E para bebés de 6 meses ou mais, será demasiado tarde?
Muitos pais começaram aos 6, 9 e até 12 meses e conseguiram, recorrendo a algumas alterações. Normalmente é mais difícil começar com um bebé que já anda e que foi "treinado" para fazer as necessidades numa fralda ou que usa fraldas descartáveis e não associa a sensação de humidade com a eliminação. Depende sobretudo das suas convicções. Se este método lhe soa bem, se sente que é adequado para si e para o seu bebé, e se o bebé for saudável e aderir a ele, então vale certamente a pena experimentar! Desde que não haja perturbações de maior na vida e na saúde da família, é provável que esteja aberta e receptiva à comunicação sobre a eliminação por parte do bebé.
Outro factor a considerar é que não existe uma idade limite fixa a partir da qual os bebés percam a ligação com as suas funções de eliminação. Cada criança é única e desenvolve-se à sua maneira. Há pais que tiveram conhecimento da higiene sem (ou com) fraldas, ou começaram com outros métodos de aprendizagem do controle das necessidades, quando os bebés já tinham entre 6 a 18 meses, 2 anos ou até mais, e que tiveram o prazer de descobrir que os seus pequeninos estavam ainda receptivos e aptos a comunicar a respeito das suas necessidades fisiológicas. Em suma, o período de predisposição para a aprendizagem parece ser mais prolongado nalguns bebés. Sejam de que idade forem os bebés quando os pais ouvem pela primeira vez falar de higiene sem (ou com) fraldas, eu recomendo geralmente que façam uma tentativa durante umas semanas com este método suave e afectuoso, e ponderem depois se querem continuar.